A falta de transparência com o dinheiro público e suas consequências

Martina Domingues é artista plástica e escritora

Semana passada, o deputado suplente Pedro de Assis Silvestre (mais conhecido como Pedrão) publicou em sua página do instagram questionamentos acerca do fato da prefeitura omitir os recursos públicos investidos na página de humor "Floripa Mil Grau". A princípio, a página recebe cerca de 150 mil reais todos os anos - pelo menos esta era a informação disponível há alguns anos atrás nas pesquisas do Google.

Os questionamentos que ficam são: qual é a contrapartida social e cultural da empresa para a população florianopolitana? Nós não temos outras prioridades, como por exemplo procurar soluções para a situação dos moradores de rua? Ou investir em educação, saúde e cultura? E digo mais: o que justifica a omissão dos recursos públicos recebidos pela empresa? Nós trabalhamos e queremos saber para onde vai o nosso dinheiro! Em qualquer governo, a transparência dos recursos públicos deveria ser prioridade. Entretanto, ao longo dos últimos anos temos enfrentado situações onde é nítido o descaso e a falta de compromisso com o dinheiro público.

Além disso, no ano passado, A FCC (Fundação Catarinense de Cultura) teve os repasses para projetos culturais catarinenses suspensos pelo TCE-SC ( Tribunal de Contas do Estado). Conforme o tribunal, a suspensão ocorre em função da “total falta de transparência”. Na época, a FCC apresentou um cronograma que nem sequer foi cumprido. Enquanto isso, na Câmara de Vereadores da cidade, temos o silêncio dos 23 vereadores eleitos no ano de 2024. Ninguém quer tocar na ferida. Precisamos buscar soluções e adotar medidas em prol do desenvolvimento e da qualidade de vida dos moradores da cidade.

Artigo escrito por Martina Domingues